quarta-feira, 30 de abril de 2008

GANHAMOS O INVESTMENT GRADE!!!!

Prezados,
O que muitos imaginavam que fosse ocorrer apenas no segundo semestre acaba de ocorrer.....

A agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou o rating do Brasil para grau de investimento hoje, quarta-feira (30/04/08).

Com a alteração, o País passa a ter nota "BBB-", de "BB+".

A reação da Bolsa de Valores de São Paulo foi imediata. Instantes após oanúncio, o Índice Bovespa disparou de alta de 1,50% para valorização dequase 4%, acima dos 66 mil pontos.

E AGORA?
Bom... agora é o seguinte.... vento de popa e vamos que vamos.... Até porque o FED também baixou a taxa de juros para 2% aa.

QUAL O CENÁRIO?
Bolsa em alta, Dolár em baixa, Investimentos Estrangeiros em alta!

Fed mantém ciclo de cortes e reduz juros em 0,25 ponto, para 2%

Prezados,

O
Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) reduziu hoje, quarta-feira (30/04/08) sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, passando-a para 2% ao ano.

Trata-se do sétimo corte consecutivo desde setembro do ano passado.

A atual série de cortes começou com parte dos esforços do governo americano para tentar evitar que o país caísse em
recessão, devido à crise no mercado de hipotecas de risco, deflagrada no ano passado.

Como se viu no
resultado do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) referente ao primeiro trimestre divulgado hoje, a economia ainda não se recuperou totalmente do golpe sobre o mercado imobiliário: a expansão da economia americana foi de 0,6% - mesmo percentual visto no último trimestre do ano passado - apesar de ter vindo acima das expectativas do mercado, que era de 0,5%.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que a economia do país está "muito lenta". O próprio presidente do Fed, Ben Bernanke, admitiu no início deste mês, pela primeira vez, que a economia americana corre o risco de entrar em recessão no primeiro semestre deste ano.

Impactos na economia real
O que começou como uma crise imobiliária e que ficou inicialmente apenas no âmbito financeiro -- tendo já causado perdas de bilhões de dólares a baços e empresas de financiamento imobiliário - vem se aproximando cada vez mais da economia real.

O mercado de trabalho vem sofrendo perdas a cada mês desde o início deste ano. Em março foram eliminadas nos EUA 80 mil vagas, marcando o terceiro mês consecutivo de fechamento de postos de trabalho. A taxa de desemprego em março por sua vez foi calculada em 5,1%, contra previsões de 5% (em fevereiro, o governo americano havia reportado taxa de desemprego de 4,8% e o fechamento de 76 mil postos de trabalho).

A inflação também tem efeito sobre a percepção dos consumidores americanos a respeito da economia. O CPI (índice de preços ao consumidor norte-americano) teve alta de 0,3% em março após ter ficado estável em fevereiro. Em 12 meses, o CPI teve variação de 4%.

Já o PPI (inflação no atacado) teve alta de 1,1% no mês passado, muito acima do esperado pelos analistas (variação entre 0,4% e 0,6%). A persistência de movimentos ascendentes de preços como esse pode dificultar o já duro trabalho do Fed, de tentar evitar a recessão (baixando os juros para estimular o consumo) e controlar a inflação (o que poderia exigir até mesmo altas de juros, pondo em risco assim as tentativas de estimular o consumo).

BONS VENTOS NO NORTE: PIB dos EUA cresce acima do esperado no primeiro trimestre de 2008

Prezados,

A economia norte-americana cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2008, de acordo com dados anualizados divulgados hoje, dia 30/04, pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

O avanço de 0,6% da economia dos EUA no período ficou acima do esperado pelo mercado, que estimava um crescimento de 0,5%, e de acordo com o apurado na última medição.

Já o deflator do PIB, que mede basicamente o custo de uma cesta de bens na economia norte-americana, registrou um avanço de 2,6%, abaixo do esperado pelo mercado (3%).

Entenda o indicador GDP
GDP (Gross Domestic Product) é a sigla em inglês para Produto Interno Bruto.

Ele é calculado pelo Departamento de Comércio norte-americano.

O PIB mede todos os bens e serviços produzidos na investimento, gastos governamentais, nível de estoque e saldo de comércio exterior.

O consumo representa quase 2/3 do PIB norte-americano, e é um dos componentes menos voláteis.

PENSAMENTOS

"A maioria das pessoas se interessa por ações quando
todo mundo está interessado.

O momento de interessar-se é quando ninguém mais se interessa.

Não se ganha dinheiro comprando o que é popular."


Warren Buffet

Já ouviu falar em OBV? Não?? Sem problemas, saiba agora do que se trata....

Prezados,

Muitos que começaram a operar ações se depararam com uma sopa de letrinhas típica do mercado, IFR, TH, e por aí vai...

OBV nada mais é do que a abreviação de On Balance Volume, que é um indicador baseado na acumulação do Volume em Quantidade de Papel.

O cálculo deste indicador é bem simples, se a variação do período é positiva o OBV soma o volume do período ao total, se a variação for negativa o OBV diminui o volume do período do total e se a variação for igual a zero o OBV não muda.

Para que serve?
Como este indicador é uma medida de volume, quando ele sobe podemos dizer que os compradores estão mais fortes, por isso há a tendência de o preço continuar subindo, já quando ele cai os vendedores estão mais fortes, por isso há a tendência de queda no preço.

Como usar o OBV?
Para captar estas tendências de forma simples, uma das técnicas é aplicar o conceito de Suporte e Resistência, para o gráfico deste indicador. Como resultado, teremos linhas de tendência de alta do OBV que, se rompidas para baixo, darão um sinal de venda e teremos linhas de tendência de baixa que, quando rompidas para cima, darão um sinal de compra.


Este é um conceito surpreendentemente simples e muito eficaz. O gráfico anexo indica um exemplo de análise.


No exemplo dado vemos que quando a primeira linha de suporte verde traçada no OBV é perdida no Ponto 1, os preços que já apresentavam uma pequena queda confirmaram este movimento, portanto este foi um Sinal de Venda.

O oposto pode ser notado no Ponto 2, onde uma linha de resistência vermelha matém a tendência até ser perdida e mostrar um Sinal de Compra.

Há ainda uma terceira reta, na cor verde, que dá a sustentação atual dos preços e que, quando perdida, dará um Sinal de Venda, informando que esta tendência de alta está prestes a encerrar.

DICAS MACETOSAS!
Recomendo a todos que comecem a notar mais os volumes e o OBV como forma de confirmar as suas compras ou vendas. Como exercício, olhe as suas operações feitas no passado e verfique se o OBV confirmava ou não o que foi feito e surpreenda-se com os resultados!

BON$ INVE$TIMENTO$!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

SAIU NA CAPA DA REVISTA!

Prezados,

Qual não foi a minha surpresa quando recebi a pouco tempo um e-mail de um repórter de uma revista especializada em finanças, a Revista INVESTMAIS.

Não esperava honestamente que um prazer que se transformou em blog ganha-se esta repercussão, afinal escrevo de forma despretensiosa e funciona muito mais como um hobby pessoal do que como qualquer outro site especializado em finanças. Enfim, é com prazer que apresento a todos vocês, meus amigos leitores, o endereço da Revista, onde poderão ler a matéria, bem como apreciar outras que também são interessantes. É GRATUITO!

Link:
http://www.revistainvestmais.com.br/

terça-feira, 22 de abril de 2008

PANORAMA DO SETOR IMOBILIÁRIO

Prezados,

Caso já houvesse um índice de ações do setor imobiliário, como deseja criar a Bovespa,
o indicador teria perdido 20,3% nos quatro primeiros meses do ano, ante valorização de 1,6% do Índice Bovespa até dia 18.

Porém, no longo prazo, o desempenho teria sido melhor, em função da euforia dos investidores com as ofertas de ações. Do início de 2006, quando as empresas do ramo imobiliário começaram a ingressar aos borbotões no pregão, até agora, o índice teria subido 255,6%, batendo de longe os 94,1% do Ibovespa.

Considerando o desempenho deste hipotético índice do setor imobiliário desde o início de 2006, o melhor resultado teria sido alcançado no primeiro quadrimestre de 2007, com alta de 63,2%. Naquela ocasião, o indicador contaria com 13 empresas. No quadrimestre seguinte, de maio a agosto, teria subido 23,6%, acima dos 11,6% do Ibovespa. No último quadrimestre, porém, começaria a derrocada - o índice apresentaria queda de 5,5%, ante ganho de 16,9% da bolsa -, tendência que se acentuaria neste ano.

O que houve de lá pra cá?
As ações caíram principalmente porque algumas empresas não entregaram o que prometeram e porque a aversão ao risco levou os estrangeiros a vender os papéis. Os estrangeiros foram os principais compradores das ofertas iniciais de ações nos últimos anos, levando cerca de 75% dos papéis vendidos pelas companhias brasileiras.

Quando a crise externa estourou, os estrangeiros passaram a se desfazer de ações em todo o mundo e, na Bovespa, as novatas foram as que sentiram mais.

Também houve certo contágio setorial. Apesar de as empresas imobiliárias brasileiras não terem relação com o colapso das hipotecas nos EUA, a crise do "subprime" pegou na veia das companhias locais. Os estrangeiros procuraram evitar totalmente o risco imobiliário, sem discernir que o nosso sistema é bem menos alavancado do que o americano e que muitas companhias costumam financiar seus clientes com caixa próprio

A recuperação dos papéis ainda não começou!
Embora o cenário seja de crescimento da economia e do setor, o desempenho dependerá de resultados, das perspectivas para a expansão de cada uma delas e da liquidez das ações.

Um fato que justificaria a criação de um índice imobiliário é o tamanho que o setor alcançou no mercado. Em número de companhias já é o maior. Os setores de energia elétrica e telecomunicações, que já têm índices, são menores em quantidade, mas, em valor de mercado, é o ramo imobiliário que deixa a desejar: R$ 56,7 bilhões, em comparação aos R$ 128,3 bilhões do setor elétrico e aos R$ 127,3 bilhões do índice de telecomunicações.

Como seria o indicador do setor imobiliário?
O indicador imobiliário que comportaria potencialmente 36 empresas hoje, pode, entretanto, passar a ter metade disso em pouco tempo. Isso porque a expectativa é de consolidação. As empresas que precisarem de caixa para crescer e não conseguirem fechar bons acordos com os bancos poderão ser compradas, embora essa não seja uma receita pronta.

O fato é que não há espaço para 20 empresas grandes no setor!

Aquelas que têm fracos resultados nos empreendimentos podem ficar sem fôlego para crescer. Por isso, acredita-se em uma seleção natural neste ano e no próximo. As mais eficientes, independentemente do tamanho, vão tomar a dianteira nesse movimento.

Quais são os grandes atores desta trama?
São três grandes atores: a Cyrela, que teve receita líquida de R$ 1,7 bilhão em 2007, Gafisa (R$ 1,2 bilhão), Rossi (R$ 733 milhões).

E quem atua em nicho, como fica?
No ramo residencial, aquelas que têm estratégias voltadas para as classes menos favorecidas é que tendem a deslanchar.

A PDG Realty, que direcionou 58% dos empreendimentos ao segmento econômico no primeiro trimestre é um bom exemplo. A empresa, que registrou receita de R$ 552 milhões em 2007, mantém neste ano o ritmo de lançamentos e excelente velocidade de vendas.

Já as companhias menores e não especializadas podem ficar na mira das demais. A Klabin Segall, por exemplo, deve conseguir cumprir as estimativas de crescimento, mas, ainda assim, pelo tamanho, poderá ser alvo.

Entretanto....
Mesmo as grandes do setor tendem a enfrentar obstáculos no processo de crescimento. A competição na baixa renda, a alta dos juros e um possível aumento da inadimplência são os principais riscos.

Portanto, selecionar bem os papéis do setor para sua carteira é fundamental!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Cias. com lucros crescentes tendem a ter cotações crescentes no longo prazo?

Prezados, verificando o que ocorreu com as companhias brasileiras nos últimos 12 anos, por meio da correlação entre os lucros e as cotações poderemos ter evidências se há fundamento nesta proposição ou não.

Queda consistente nos lucros
Um caso interessante é o da NET. O negócio, em si, é excelente e quase monopolista, mas pelo enorme investimento, pela baixa demanda inicial, pelos “gatos” e pela dívida contraída, além das crises cambiais dos últimos anos da década de 90, a empresa amargou prejuízos recorrentes.

O que se verifica, abaixo, é que a cotação resistiu bem até 1999, mas após esse período veio em queda livre, com especial atenção ao ano de 2002, de forte queda na bolsa e quando a NET assumiu um prejuízo de mais de R$ 1,12 bi.


No curto prazo, foi possível multiplicar o capital até 8 vezes em um ano, mas para qualquer pessoa que tenha comprado mensalmente esta empresa, desde 1996, o patrimônio teria sido reduzido significativamente.

Outro caso que apresentou o mesmo comportamento, e por motivos semelhantes, foi o da Light. Veja: A correlação entre o lucro e a cotação (valor de mercado) é insignificante, nos dois casos. Isso significa que o lucro e a cotação não apresentaram qualquer relevância estatística que pudesse revelar alguma relação entre eles. São variáveis que se comportaram quase que aleatoriamente.

Lucros consistentes, porém sem tendência definida.
Há ainda os casos das empresas que têm lucros consistentes, porém sem qualquer tendência definida. Nesses casos, deve-se esperar que a cotação guarde baixa correlação com os lucros, ou seja, as variáveis são pouco relacionadas.

Vejamos os exemplos a Globex (leia-se Ponto Frio) e a BASA (Bco. da Amazônia) Como são empresas com lucros consistentes, embora oscilando muito, pode-se esperar que o investidor regular tenha conseguido obter algum patrimônio no longo prazo, sem grande rentabilidade. No caso do Banco da Amazônia, os valores das cotações, antes de 1999, são praticamente residuais, pois a negociação era baixíssima e o free-float idem.


Lucros que crescem com consistência
A hipótese é a seguinte: Empresas que apresentem uma evidente tendência de alta, deverão apresentar cotação também em alta e elevada correlação entre as variáveis. Vejamos alguns exemplos: Analisando os números:

VALE (VALE5):

- Lucro (R$ mi) – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.
- Cotação – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.

- Correlação (Lucro x Cotação): 98,5%

BRADESCO (BBDC4):

- Lucro (R$ mi) – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.
- Cotação – 8 anos de crescimento / 3 anos de queda.

- Correlação (Lucro x Cotação): 97,6%

ITAÚSA (ITSA4):

- Lucro (R$ mi) – 10 anos de crescimento / 1 ano de queda.
- Cotação – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.

- Correlação (Lucro x Cotação): 96,2%

MARCOPOLO (POMO4):
- Lucro (R$ mi) – 9 anos de crescimento / 2 anos de queda.
- Cotação – 8 anos de crescimento / 3 anos de queda.

- Correlação (Lucro x Cotação): 94,2%



A correlação altíssima em todos os casos indica que mais de 90% do crescimento da cotação pode ser explicado pelo crescimento dos lucros.

Não são os únicos casos.

Normalmente, em empresas que conseguem apresentar consistência no crescimento de lucros, pode-se verificar forte correlação com o crescimento dos preços.
Nos casos acima, temos: Randon (92,6%), Sadia (90,3%), Gerdau (82,5%) e Usiminas (81,4%). Ressaltese que no caso das siderúrgicas a correlação é menor, porém ainda bastante expressiva (superior a 80%). A diferença no caso da Gerdau pode ser explicada, em parte, pela opção da companhia divulgar já a partir de 2007 os dados em IFRS, modelo contábil padronizado internacionalmente.



Vale lembrar que esta análise pegou dados dos últimos 12 anos, o futuro pode ser diferente.

A maior regra do mercado é essa, desempenho passado não garante o futuro.

Todos devem saber bem disso, pois é algo muito difundido.

No curto prazo, essas variações não podem ser tratadas, até porque os lucros são declarados trimestralmente. As empresas com crescimento consistente nos lucros não deveriam ser as mais indicadas, também, para grandes ganhos percentuais de curto prazo, pois, em tese, deveriam oscilar de forma mais gradual que aquelas sem consistência nos lucros.

RESUMO DA ÓPERA
Para quem busca grandes ganhos no curto prazo, talvez não sejam as mais indicadas.

Contudo, a longo prazo, para os investidores que não se preocupam com oscilações momentâneas, vide a atual crise do Subprime, os que compraram regularmente as companhias acima devem ter verificado grande crescimento patrimonial!

BON$ INVE$TIMENTO$!

domingo, 20 de abril de 2008

Maré não está pra IPO´s

Prezados,

O senso comum indica que canja de galinha e prudência não fazem mal a ninguém, e foi esta a tônica que prevaleceu na mais recente IPO do mercado.
A Oferta Pública Inicial da HYPERMARCAS (HYPE3) foi um insucesso na sua estréia, por conta naturalmente do clima que predomina no mercado. O mercado está favorecendo empresas sólidas, leia-se Petrobras e Vale, em detrimento das novatas. Resumo da IPO Após cair mais de 6% durante o pregão, as ações da companhia (HYPE3) conseguiram força para reduzir as perdas e fecharam o dia cotadas a 16,70 reais, em queda de 1,76% em relação ao preço inicial, fixado em 17 reais. Esse valor, entretanto, já ficou abaixo da faixa prevista pelos coordenadores da operação - entre 20,50 reais e 24,50 reais.

Histórico da HYPERMARCAS
O empresário goiano João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, fundou a empresa com um capital inicial de 30 milhões de dólares em 2002 – dois anos depois de vender a Arisco para a Bestfoods por 760 milhões de dólares.

O grupo começou a ser formado com a compra da então modesta Assolan, que cresceu e tornou-se uma ameaça à tradicional líder Bombril no mercado de palha de aço. Desde então, o empresa adicionou ao seu portfólio diversas marcas, como os adoçantes Finn e Zero Cal, os enlatados Etti, os produtos de higiene pessoal Monange e Cenoura & Bronze e os medicamentos Doril e Gelol, entre outros.

Pretensões
Com o dinheiro levantando no IPO, Júnior planeja transformar a Hypermarcas numa espécie de “Unilever brasileira” – guardadas as proporções, já que a companhia anglo-holandesa faturou 100 bilhões de dólares no ano passado.

Panorama atual
Mesmo sendo hoje um grupo de 50 marcas com faturamento de 1,4 bilhão de reais, o IPO da Hypermarcas ficou bem abaixo do esperado porque os investidores se mostraram mais reticentes em apostar em empresas novatas da bolsa. O fenômeno tem sido observado desde o início da crise do subprime, em julho de 2007. Com as pesadas perdas no exterior, os investidores estrangeiros têm preferido aplicar seu dinheiro em empresas mais sólidas – como Vale, Petrobras e siderúrgicas – e evitar ações de baixa liquidez na bolsa.

A única empresa que havia feito oferta inicial de ações neste ano havia sido a pequena fabricante de fertilizantes Nutriplant. Mesmo assim, a oferta envolveu um volume de recursos muito baixo e foi restrita a investidores institucionais.

A próxima empresa a testar o apetite dos investidores será a grife Le Lis Blanc, cujas ações começam a ser negociadas na próxima semana. Há, no entanto, uma fila de 11 empresas que planejam fazer IPO, mas pediram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a suspensão temporária da oferta. Outras 17 desistiram da operação devido às más condições de mercado.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Copom volta a subir juros depois de quase 3 anos

Após quase três anos, o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado do Banco Central responsável pela definição da taxa Selic, voltou a subir os juros básicos da economia brasileira. A taxa passou nesta quarta-feira (16) de 11,25% para 11,75% ao ano.

A última elevação dos juros havia sido feita em maio de 2005 pelo BC.


O aumento de juros efetuado pelo Banco Central foi maior, inclusive, do que o projetado pelo mercado financeiro. Embora alguns analistas esperassem um aumento para 11,75% ao ano, a maior parte dos economistas projetava uma elevação menor: para 11,50% ao ano. Deste modo, o Copom surpreendeu com o aumento anunciado.

Com o aumento de juros, a autoridade monetária confirmou as sinalizações dadas anteriormente de que um aperto monetário estaria mais próximo. Na ata da última reunião do Copom, ocorrida no início do mês de março, o BC já havia informado que cogitou subir a taxa de juros para conter o crescimento das pressões inflacionárias.

No relatório de inflação, divulgado no fim do mês passado, reforçou o recado ao avaliar que a demanda por produtos e serviços estaria crescendo muito na esteira do aumento do consumo das famílias e da elevação do volume de crédito, e, também, que o alto preço das "commodities" (produtos básicos, como grãos e aço) estaria pressionando a inflação.

Ao fim do encontro, o Banco Central divulgou a seguinte frase: "Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic, para 11,75% ao ano, sem viés. O Comitê entende que a decisão de realizar, de imediato, parte relevante do movimento da taxa básica de juros irá contribuir para a dimunição tempestiva do risco que se configura para o cenário inflacionário e, como consequência, para reduzir a magnitude do ajuste total a ser implementado."


Para o mercado financeiro, esse será apenas a primeira de várias elevações na taxa de juros. A expectativa dos economistas, colhida pelo BC na semana passada com mais de cem instituições financeiras, é de que, para combater a inflação, os juros voltariam a subir em no início de junho, na próxima reunião do Copom, para 12% ao ano.


Já em julho, os juros, ainda segundo a estimativa do mercado, avançariam para 12,50% ao ano e, em outubro, para 12,75% ao ano - valor no qual fechariam 2008. O mercado acredita que os juros voltariam a ser reduzidos somente em 2009, e fechariam o próximo ano em 11,25% ao ano. Com o comunicado do Copom desta quarta-feira, esse cenário traçado pelo mercado pode mudar, com os juros subindo menos até o fim do ano.

Definição dos juros
A principal missão do Banco Central é controlar a inflação de modo que ela fique dentro das metas pré-determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O sistema adotado no Brasil é o de metas de inflação. O BC prioriza o combate à inflação, de modo que o crescimento da economia, e o impacto dos juros altos sobre a taxa de câmbio, ficam relegados a um segundo plano.

Para este ano, e para 2009, a meta central de inflação é de 4,5%, com base no IPCA. Há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de modo que, teoricamente, a inflação poderia ficar entre 2,5% e 6,5%. Para conter aumento dos preços acima das metas, o BC sobe os juros. Quando julga que a inflação está compatível com as metas, pode baixá-los.

Nesta semana, a projeção do mercado para o IPCA deste ano subiu para 4,66% - acima da meta central de inflação deste ano. Para 2009, a previsão passou para 4,40%, bem próxima à meta central. No relatório de inflação, o BC projeta, com base nos juros e câmbio estimados pelo mercado, um IPCA de 4,7% para este ano e de 4,8% para 2009 - acima da meta central.

A divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do IPCA de março também acendeu luz vermelha no mercado e serviu para consolidar a visão de que os juros subiriam nesta quarta-feira. O IPCA do último mês somou 0,48%, o maior para este mês desde 2005. Em 12 meses até março, somou 4,73% - também acima da meta central.

Críticas
Somente as sinalizações de que o BC poderia elevar os juros já foram suficientes para o aparecimento de várias críticas ao Banco Central. Há duas semanas, por exemplo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou, de forma indireta, seus companheiros de BC em mais um episódio que pode ser classificado como "fogo amigo".


Durante discurso na reunião do Conselho Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Mantega classificou de "ortodoxos" os que temem que o atual processo de crescimento econômico cause desequilíbrios. Para o ministro, o aumento do salário dos brasileiros não causa inflação porque a produtividade cresce mais, e acrescentou que os economistas "deveriam aprender isso na escola".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, não foi muito claro sobre o assunto em recente viagem ao exterior. Na Holanda, Lula afirmou, em um primeiro momento, que não dá palpite sobre eventuais aumentos de juros. "Não será nem a redução de 0,25 ponto porcentual, nem a manutenção em 11,25% ao ano, nem o aumento de 0,25 ponto que vai trazer qualquer transtorno à economia brasileira", afirmou na ocasião.

Em seguida, já em Praga (República Checa) porém, Lula disse que isso não poderia ser interpretado como um aval à subida dos juros. "Quem acha isso (que teria autorizado o aumento) está doido", afirmou no último domingo (12).

Impacto na balança comercial
A preocupação do ministro Guido Mantega é com os efeitos da alta taxa de juros no câmbio, ou seja, na cotação do dólar. Juros elevados, e os brasileiros são os mais altos do mundo em termos reais (descontada a inflação), tendem a trazer recursos para aplicações financeiras no Brasil por conta da boa remuneração paga. Dólar em queda, por sua vez, gera deterioração da balança comercial que, no primeiro trimestre deste ano, teve queda de 67% em seu superávit frente ao mesmo período de 2007.

Isso ocorre porque as importações ficam mais baratas, enquanto que as vendas ao exterior se tornam mais caras. Para tentar diminuir o impacto do dólar baixo, Mantega anunciou recentemente um pacote cambial que taxa o investidor estrangeiro e, ao mesmo tempo, contém medidas para beneficiar os exportadores. Analistas avaliam, entretanto, que as medidas terão pouco impacto, ainda mais em um cenário de aumento de juros. O governo acena com redução de tributos e com linhas de crédito para o setor produtivo por meio da chamada política industrial, que é debatida há mais de um ano e que pode ser anunciada em maio próximo.

O próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) também citou recentemente a queda do dólar como sendo um problema para o Brasil. Em documento divulgado no início deste mês, avaliou que a supervalorização do real, que estaria ligada à uma busca por melhores remunerações do aquelas obtidas em outros países, poderia ser um fator de vulnerabilidade da economia brasileira.

domingo, 6 de abril de 2008

O ANO PARA A BOLSA COMEÇOU EM ABRIL!!!

Prezados,

Passado o 1o. trimestre bem tumultuado de 2008, os investidores parecem ter iniciado a digestão dos maus resultados da economia norte-americana e, gradativamente, perceberam que os ativos de países emergentes se depreciaram demais e recomeçaram a comprar, o que estimulou em muito os resultados da 1a semana de abril.

BALANÇO DA 1A. SEMANA DE ABRIL
A Bovespa fechou mais uma vez em alta, pelo quinto pregão consecutivo, com os investidores ainda na ponta compradora. As ações da Vale e Petrobras sustentaram o índice em elevação durante todo o dia, embora tenham devolvido grande parte dos ganhos no finalzinho da sessão. Na ultima sexta, dia 04/04/08, nem mesmo o relatório ruim do mercado de trabalho americano atrapalhou.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, encerrou a sexta passada em alta de 0,42% aos 64.446 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 63.906 pontos (-0,42%) e a máxima de 64.630 pontos (+0,71%).

No mês, a Bolsa sobe 5,70%, na semana, 6,60%, e, no ano, 0,88%. O volume financeiro totalizou R$ 7,547 bilhões, dos quais R$ 2,837 bilhões referem-se à Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações ordinárias e preferenciais da ArcelorMittal Inox Brasil S.A. Segundo a Bovespa, a OPA contou com adesão de mais de dois terços dos acionistas minoritários, o suficiente para o cancelamento do registro da empresa em bolsa.

No final da sexta, a Bolsa doméstica chegou a perder o fôlego exibido mais cedo, em reação às perdas no índice nova-iorquino Dow Jones, de 0,13% hoje. Nasdaq e S&P, no entanto, subiram, respectivamente 0,32% e 0,08%.

IMPACTOS DO PAY-ROLL (Relatório de Emprego)
Nos Estados Unidos, os índices sofreram mais com os dados do relatório de emprego, já que passaram a maior parte do dia em baixa. O relatório mostrou queda de 80 mil no número de vagas de trabalho em março nos Estados Unidos, além de rever para baixo os desempenhos de janeiro e fevereiro - que já eram ruins. Os especialistas vinham calculando um número negativo de 50 mil vagas em março. Até nos Estados Unidos, porém, os investidores procuraram razão para não entrar em pânico, já que a interpretação recorrente nos últimos dias é a de que o pior da crise já pode ter passado.

E NOSSAS BLUE CHIPS.....
Aqui, as ações PN da Petrobras subiram 0,38% (alta de 8,8% na semana), com o maior giro do dia na Bolsa, de R$ 874,452 milhões. A subsidiária da estatal na Argentina anunciou US$ 2,4 bilhões em investimentos entre 2008 e 2012. Do total investido, US$ 1,5 bilhão será aplicado em exploração e produção e o restante em suas atividades de petroquímica, fertilizantes, refinaria, gasoduto e postos de gasolina. A disparada do petróleo no exterior também influenciou as ações da petrolífera. Em Nova York, o produto avançou 2,31%, para US$ 106,23 por barril.

No caso da Vale, além da alta dos metais no exterior, o desempenho das ações hoje teve como pano de fundo a decisão da agência de classificação de risco Moody's Investors Service de colocar a nota (rating) global em moeda estrangeira "Baa3" das notes financeiras da mineradora em revisão para possível elevação. A medida segue a colocação, anteontem, do rating "Baa3" em moeda local e do rating "Baa3" em moeda estrangeira da Vale sob revisão para possível elevação. Vale ON subiu hoje 1,03% e Vale PNA, 0,10%. Na semana, os ganhos foram de 4,53% e 3,08%, respectivamente.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mercados animados no dia da mentira....

Prezados,

O clima amistoso que se instalou no exterior com a avaliação de que a crise pode estar arrefecendo fez com que as bolsas de valores tivessem um ótimo início de mês e de trimestre.

Ontem, dia 1 de abril, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, acompanhou Nova York e conseguiu recuperar o patamar dos 62 mil pontos, ao subir 2,96% e fechar aos 62.774,8 pontos. As ações tiveram alta generalizada e as blue chips (ações de primeira linha) Petrobras e Vale acompanharam. Os papéis da mineradora subiram pelo sétimo pregão consecutivo, hoje amparados pelo empréstimo acertado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Ibovespa registrou a maior alta porcentual desde 18 de março (quando foi de 3,20%) e a maior pontuação desde 6 de março (62.974,6 pontos). Oscilou entre a mínima de 60.965 pontos (estabilidade) à máxima de 62.788 pontos (+2,98%). Com o desempenho de hoje, as perdas acumuladas em 2008 foram reduzidas a 1,74%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 6,013 bilhões.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com elevação de 3,19%, o S&P avançou 3,59% e o Nasdaq teve ganhos de 3,67%.

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Os investidores gostaram do anúncio de baixas contábeis feito pelo banco suíço UBS e pelo alemão Deutsche Bank (respectivamente de US$ 19 bilhões e US$ 3,9 bilhões) porque consideraram que o reconhecimento das perdas pode ser um sinal de que o fim da crise está próximo. Esta interpretação ganhou amparo na notícia de que o mesmo UBS vai levantar cerca de US$ 15,1 bilhões com uma emissão com direito de subscrição para melhorar a base de capital. O banco americano Lehman Brothers também fez um anúncio similar, ao comunicar ter conseguido vender US$ 4 bilhões em títulos preferenciais conversíveis. Ou seja, indício de que a situação do banco - e do mercado - não está assim tão ruim.

Os indicadores que saíram também agradaram. O índice do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) sobre atividade no setor de manufatura subiu para 48,6 em março, de 48,3 em fevereiro, ante projeção de queda para 47,5 dos economistas. Já os gastos com construção caíram pelo quinto mês seguido em fevereiro, mas o recuo foi mais suave do que era previsto.

Na Europa, as bolsas fecharam quase nas máximas impulsionadas pelos ganhos do setor bancário. Os investidores avaliam que os bancos podem reportar a extensão total de suas perdas relacionadas à crise de crédito depois que o UBS anunciou a baixa contábil.

As Ações no Brasil
No Brasil, os ganhos foram generalizados (apenas sete ações do Ibovespa terminaram o dia em baixa), com Vale sendo um dos destaques. As ações da mineradora sobem há sete pregões e ignoraram a desvalorização dos metais no exterior e avançaram na esteira no financiamento acertado com o BNDES, pelo qual a Vale terá uma linha de R$ 7,3 bilhões pelo período de cinco anos. Os recursos serão usados para ajudar a custear os planos de investimento da companhia, de US$ 59 bilhões para o período. Vale ON subiu 2,07% e Vale PNA, 2,19%.

Petrobras ON fechou em elevação de 1,83% e Petrobras PN subiu 2,39%, contrariando também o desempenho do petróleo no exterior. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou em baixa de 0,59%, a US$ 100,98 por barril.